domingo, 16 de novembro de 2014

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Isso tudo me cheira a insanidade.
Um dos meus textos favoritos de Rubem Alves é solidão amiga, ando até precisando digeri-lo novamente.
Me lembrei de você, de como tive que escolher me despedir da nossa amizade. Toda dor que não sangra é simbólica, e como todo bom e velho símbolo não há remédio. Mas se aprende a conviver, principalmente pessoas como eu, dessas que acreditam que amor exige sacrifício. Senti saudade. Ainda sinto. Nada que vá além da amizade.
Sei, que ainda sim, quando vem e depois vai ( sei, que as vezes pede para q eu não tenha reparado sua visita) isso te causa problemas. Gostaria que entendesse que essa não sou eu. Faço parte da porção inversa, não causo dor, recuo sempre que algo envolve compromisso, se ele existe e não é comigo. Já estive do outro lado. Não precisa rezar pra que eu não saiba que veio, ou remover a saudade de um comentário.Eu jamais atrapalharia nada. Não precisa se deletar ou achar desculpas pra se aproximar, eu não deixaria que algo germinasse em solo improdutivo, e não acredito que seres humanos são frutos dos próprios instintos, não mesmo, há muito mais que hormônios e libido.
Pra tocar uma alma, primeiro tem que haver querer.
Nós já não passamos desta fase? Quantas oportunidades houveram? E quantas foram as vezes que o dia chegou no meio de um papo?
Acredite se quiser, eu só não acredito que o medo te faz pensar em nós como impulsão, ou desejo incontrolável. Lembra do algo a mais, de estar além do pagão, de ter nascido da pureza e não ter se manchado com dores e traição. Respeito. Lembra de nós, mas lembre-se do respeito, esse que permite que não vivamos as sombras do ocorrido.
Sorria e pense em cerveja. Ou estrelas. Corrija a imagem adolescente que tem de nós, sempre fomos mais pacíficos que isso Mad. Sei que a distância as vezes me favorece, mas valorize quem está com vc todos os dias, é disleal uma disputa onde um ideal de ego concorre com a realidade e a rotina.

Com todo amor que há, desejo a vc Mad felicidade.

Fraternalmente Alice

Ps: - Um ano e pouco depois e eu me sinto no mesmo lugar

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